O Conselho Universitário da Universidade Estadual de Londrina se reuniu na manhã desta quinta-feira para avaliar o Sistema de Cotas da Universidade. E com 26 votos, dos 41 conselheiros, decidiu pela continuidade do Sistema, além do fim da proporcionalidade, ou seja, agora não depende mais no número de inscritos nos vestibulares, todos os cursos deverão reservar 40% das vagas para estudantes da escola pública, além de que, destas, 20% serão destinadas a estudantes negros de escola pública. As cotas surgem para uma reparação social na sociedade, pois, cria maiores oportunidades para os pobres oriundos de escola pública, onde não há qualidade de ensino, a terem as mesmas possibilidades de acesso à uma Universidade pública. Hoje, poucos são os privilegiados, que assim como eu, podem desfrutar de uma universidade pública, e para isso é preciso que essa democratização deste espaço de ensino, produtor de conhecimento científico, aconteça de fato.
Eu sempre fui estudante de escola pública, quando pequeno estudei no Colégio Municipal Bartolomeu de Gusmão, fiz o ensino fundamental no João Rodriguês da Silva, e o ensino médio no Colégio Estadual Nossa Senhora de Lourdes, conheço a realidade da escola pública de perto, e sei, por ter vivido isso, qual é a concepção de uma universidade que tem um aluno do ensino público. Para que esta realidade comece a mudar, e possa de fato, democratizar o ensino, e promover o acesso à todos, é necessário e importante termos uma política pública como as Cotas, que não é o ideal, não resolverá o problema como um todo, mas é um levante e uma ferramenta para que possamos avançar cada vez com a educação de nosso país.
Eu, como estudante de Artes Visuais da Universidade Estadual de Londrina, membro do Diretório Central dos Estudantes, tenho o imenso orgulho de ter contribuído neste Conselho, para a aprovação destas medidas.
