quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Lá se vai 2009, o ano em que eu fiz tudo, e não fiz nada. Que venha 2010!


Se alguém tiver coragem de ler meu texto, leia. Ele traduz, bem resumidamente, o que foi o meu ano.

Mas que venha 2010.


Lá se vai o ano de 2009, um ano que demorou muito pra passar, mas chegou ao fim. Um ano em que eu fiz tudo, e ao mesmo tempo não fiz nada.
Pode parecer que essa frase caiba bem para muita gente. Mas pra mim, ela traduz o meu ano inteiro.

Um ano que começou turbulento, pois se tratando de cidade, não sabíamos nem mesmo quem era o nosso prefeito. Mas por outro lado, um pouco mais aliviado, talvez por saber que os “capangas” de um famoso candidato da cidade, não iriam mais me perseguir.

Comecei juntando o pessoal do Movimento Belinati Não, (talvez uma galera das mais comprometidas que já conheci) e que depois de corrermos muito, e fugirmos bastante dos tais “capangas” decidimos criar uma Ong, que fosse utilizada no combate a corrupção, não somente em tempos eleitorais, mas sempre.
Começamos a todo vapor, reuniões em cima de reuniões, estatutos, discussões, e tudo mais, sonhando e vislumbrando algo ainda não existente na nossa cidade. E depois de tudo isso, o tempo foi se passando e nada aconteceu, nem Ong, nem fiscalização, nem político corrupto atrás das grades, nada.

Logo em seguida, fui convidado a participar da campanha eleitoral “inédita” de terceiro turno para prefeito da nossa cidade, que até então, não tinha nenhum comandante.
Nunca havia trabalhado em campanha nenhuma antes, muito menos, tinha algum vínculo com qualquer político.
Estava lá apenas porque achava, e ainda acho, que o outro candidato era o mais competente e mais honesto para assumir a bronca na prefeitura, e por toda história de corrupção que nossa cidade estava passando, não dava pra ficar passando a mão na cabecinha de cara safado e pilantra.
Aprendi muitas coisas lá, trabalhei muito, fiz até algumas loucuras, voltei a correr de alguns “seguranças” (vamos colocar assim pra ficar mais bonito), mas não adiantou nada. Meu candidato perdeu, eu perdi, a cidade toda se fú...

Entrei na universidade!
Depois de alguns anos tentando, não era o curso em que eu estava prestando a tempos, mas era algo mais ou menos na minha área.
Prestei Artes Visuais na UEL, e passei!
Eu tava na fissura pra descobrir como era a universidade, o povo da minha sala, as matérias, e tudo mais!
Mas, realmente, não era nada do que eu estava pensando.
O curso até que é interessante, mas não é tudo o que eu esperava. A minha sala então, nem se fala, nunca imaginei que seria a coisa mais terrível do mundo estudar numa sala com 2 homens e 18 mulheres.
Os professores são bem bacanas. Alguns, acredite se quiser, são até humanos. Não deixam de ser exigentes, mas também não querem te foder. Apesar disso, eu fiquei bastante decepcionado, o que gerou muitas notas 6, e alguns exames para fazer em janeiro.

2009 foi o ano que aprendi o quanto as baladas por aí podem ser perigosas.
Não gosto muito desses tipos de lugares, como boates e tudo mais, mas fui conhecer qual que era a baladinha. Fomos ao tal Bar Escritório, o conceituado bar dos “pleyba” de Londrina.
Já na entrada do “botequim”, os seguranças mostraram um pouco da grosseira, que no final da noite se tornaria uma selvageria.

Tava tudo muito bacana, tudo muito legal, o som tocando, a mulheradinha dançando, já era o final da noite, quando um grupo de amigos meus se estranharam com um grupo de conhecidos meus, que não estavam com a gente.
E bobão aqui, como conhecia todos, foi querer ser bacana, e separar a discussão (em vez de deixar que eles matarem). Não sei se não foram com a minha cara, ou o que, só sei que quando ví tava sendo arrastado por três dos brutamontes chamados carinhosamente de “seguranças” da boate.
Também não sei qual a raiva eles estavam, se era chifre da mulher, filho virando boióla, ou salário atrasado, a única coisa que sei é que eu nunca tinha apanhado igual.
Eu parecia um boneco inflável, no meio 10 gigantes, que brincavam comigo de uma tal brincadeira chamada espancamento. Me arrastaram pra fora, e fomos brincar de pega-pega, o problema é que eles estavam em 20, juntando com os seguranças do estacionamento, com aquele jaleco laranja iluminado, parecendo fantasia de escola de samba. E eu, correndo, sangrando, pensando comigo: "agora eu tô morto!!", e quando cansei de correr só sentia os sapatos e as mãos dos “seguranças”, na minha cara, na minha orelha, na cabeça, no meu estomago, e assim vai.

Assim, na noite que saí pra conhecer a baladinha da boate, eu conheci as cadeiras de rodas no hospital. Foi bem interessante.

Mas não tem só coisa ruim. Tem muita coisa boa, meu blog por exemplo, é uma das coisas boas. Comecei a atualizá-lo mais intensamente, e com todo dia tendo algo novo.
O problema é que eu sou moleque novo, e tonto, pois ainda não sei medir minhas palavras, e muito menos consigo ficar calado sabendo das verdades que acontecem por aí.
Por um lado, eu me sinto orgulhoso de ter um blog, uma ferramenta tão poderosa quanto essa, e usar sem ter medo, sem dever nada a ninguém, e sem vínculo nenhum, ao contrário de alguns blogs que tem por aí.
Aqui eu escrevo o que eu penso de cada coisa, e vou falar bem do que estiver de acordo com o meu ponto de vista, mas também vou meter o pau em quem merece.

Uma pena que graças a isso, eu também conheci esse ano, outro lugar bacana. Um lugar chamado Delegacia de Polícia Federal, e tive que ir até lá, pra prestar alguns esclarecimentos sobre algumas coisas que havia escrito no meu blog, e também alguns assuntos relacionados com o antigo movimento contra a corrupção, que eu já citei lá atrás.
A minha maior raiva é que num país “democrático” como o nosso, onde todos deveriam ter liberdade para pensar e escrever o que bem entender, algumas pessoas, como eu, tem que perder dia de aula, e provas na faculdade, para dar explicações sobre algumas verdades que colocou no ar.
Pois é, falei tudo em meu blog, mas por isso, tive conhecer a caneta da Polícia.
É brincadeira?!

Bom, mas como disse, sempre tem coisas boas!
Como o esporte londrinense que eu tanto gosto, e amo de paixão.
O meu Londrina, o Tubarão, que já está um pouco pra baixo do fundo do poço, nos deu um pouco de alegria, e quando pensei que ia embalar, morreu na praia novamente.
Isso, graças a incompetência de nossos dirigentes, podres e mal-acabados, verdadeiros sangue-sugas do esporte londrinense, que levaram o nosso Caçula Gigante para a situação em que está.

Também teve a minha torcida do handebol de Londrina.
Torcida que eu tenho um grande orgulho de coordenar. E que depois de ficar durante o ano de 2008 de fora, por alguns problemas, voltamos em 2009 com muitas promessas e bastante gente comprometida com o nosso ideal.
Pena que nem todo mundo, cumpre o combinado.
Ficamos mais uma vez, a mercê da instituição que comanda o esporte, e isso nunca é bom!
Apesar de tudo, pra torcida foi um ano bacana, já que conheci bastante pessoas comprometidas e interessadas com o nosso esporte. Pessoas de confiança, uma galera firmeza mesmo. E lá, sem sombra de dúvidas, conheci pessoas muito importantes, pra não dizer especiais (que fica boióla).
Pelo menos terminamos o ano viajando pra Sampa, bebendo bastante, gritando e cantando, e assistindo a mais uma derrota do nosso time pro Pinheiros.

Foi o ano que fui convidado para participar de um projeto para montar um programa, via-internet inicialmente, um programa diferente, interessante, e da nossa cidade.
O Sobe No Caixote, que mistura humor, crítica, a cidade e quatro rapazes feios pra caralho, que usam de suas mentes poluídas de muito mau para desenvolver todo o trabalho.
Hahahahahahaha, a parte do poluídas é brincadeira.

Foi bacana, mostramos o funcionário fantasma da câmara de vereadores, mostramos a volta do grande Ênio ao time de basquete (que infelizmente, pior não fica), mostramos os cachorreiros do X-bactéria reclamando da atitude da prefeitura, e claro, mostramos a maior festa fantasia do mundo, onde o Caixote teve a oportunidade de entrelaçar a sua língua com as línguas de outras garotas pela festa, sem contar a parte que os assistentes do dia, pegaram no peitinho da famosa Christian Pior.
Mas apesar de tudo isso, não decolou do jeito que queríamos por erros de alguns, e algumas coisas que saíram erradas ao percurso. Vamos torcer pra que dê certo em 2010.

É isso aí, resumindo bastante o ano, (até porque nem tudo eu posso contar aqui, hehehe) foi assim. Tentei fazer o tudo, e de certa forma as coisas frustaram um pouco. Mas é normal.
Apesar de tudo, foi um bom ano, conheci bastante pessoas bacanas, importantes e que de alguma forma, agora fazem parte da minha vida.

Espero que tenhamos um excelente ano de 2010. E que as coisas que ficaram pendentes, sejam resolvidas.
Que tenhamos um ano com tentativas de alcançar um pouco de paz, com dinheiro no bolso (porque a gente precisa dele), com sucesso nas nossas conquistas, e com a Seleção ganhando a Copa do Mundo.
E claro, com bem menos corrupção em nosso País.

Um abraço a todos!
Um Feliz 2010, para todos nós!

Um comentário:

Bebedores do Gondufo disse...

Feliz Ano Novo 2010.
Portugal